Qual é o segredo para que uma música seja lembrada pelo público como a mais comunicativa? Não há uma receita certa e isso pode ser subjetivo. Mas Nano Vianna, cantor do Grupo 5 Nós, de Vitória (ES), e que participou do 48º Fenac, arrisca: a letra de abertura da canção tem que ser obrigatoriamente marcante para o público – e também para a banda. É a partir daí que a música é construída, com palavras e frases que soam bem. “Clips e Clichês” segue essa linha. A canção foi escolhida como a mais comunicativa na edição desse ano do Fenac. Ela foi lançada no disco de 2010 do grupo e nasceu de um esboço de outra música chamada “Mármore”. A forma da composição, segundo Nano, foi simples: o começo vem pelo violão… e com pitadas de melodia!
Nano Vianna participa do Fenac desde 2014. “A gente acaba se tornando uma família”, conta. Em 2016, ganhou o Festival Nacional da Canção com a música “Runas”. “Eu sei que a minha música vai ser ouvida da forma que ela merece ser ouvida. Eu gosto do clima, é um público muito carinhoso, atencioso. Eles torcem por você. Te recebem de corpo e alma”, afirma Nano Viana era jogador de vôlei e a história dele com a música começou aos 17 anos. Comprou o primeiro violão e teve referências importantes: Bon Jovi, Chico Buarque, Cássia Eller… aliás, Cássia é considerada por ele uma grande inspiração na área da interpretação. “É uma das mais versáteis”, completa. Nano diz que gosta de trabalhar com muitos ritmos, uma mescla de artistas. E isso, segundo ele, fica claro durante as apresentações que faz. Nano é russo, nascido em Moscou. Se mudou para o Rio de Janeiro e mora hoje em Vitória, para trabalhar como professor de inglês. E há 5 anos trabalha exclusivamente com música.