Duda Brack (23), nasceu em Porto Alegre e iniciou seus estudos e vivências musicais na capital. Em 2011, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na faculdade de música da UNIRIO e começou a se apresentar no circuito de shows autorais. Entre 2012 e 2013 a artista flertou com a cena paulistana e acumulou prêmios em festivais pelo país.
Em 2014, Duda trabalhou na construção de seu primeiro álbum, intitulado “É”. No disco a artista recompõe oito canções inéditas de compositores contemporâneos, como Dani Black, Posada, César Lacerda e Caio Prado. Com produção musical de Bruno Giorgi (Lenine, Cícero, Baleia / Grammy Nominee), o trabalho sustenta a tradição da canção, mas subverte o modo como esta é explorada, através dos arranjos extremamente originais assinados pela cantora e sua banda – Gabriel Ventura na guitarra, Barbosa na bateria e Yuri Pimentel no baixo.
O disco foi gravado no Rio de Janeiro (nos estúdios Tenda da Raposa e O Quarto, e nas casas de Bruno Giorgi e Yuri Pimentel), mixado nos estúdios Red Bull Studios (SP) e o Quarto, e masterizado também n’O Quarto. “É” flerta com o rock sem renegar o signo de brasilidade inerente à sua essência; mixa suas referências e constrói uma nova linguagem musical híbrida, forte e singular. Em 2015 a artista trabalhou no lançamento de “É” (independente), e desde então tem sido apontada como uma das grandes vozes a emergir na cena musical contemporânea.
Ao longo deste ano, Duda Brack e sua banda passaram por importantes projetos e palcos, dentre eles o Festival Path (SP), o projeto Levada Oi Futuro (RJ), a Virada Cultural de Curitiba (onde figurou no line up de destaques nacionais, ao lado de artistas consagrados, como Emicida e Pitty) e o Circo Voador (RJ), no show que celebrou o lançamento do filme “A Nave”, do qual também participaram Nação Zumbi, Otto e Tulipa Ruiz.
A cantora, seu álbum e seu show integraram as listas que apontam os melhores trabalhos de 2015 nos principais veículos da imprensa e Duda foi indicada ao Prêmio Quem na categoria Melhor Cantora de 2015, ao lado de nomes como Gal Costa, Maria Bethânia e Elza Soares. Também em 2015, Duda Brack (ao lado de um time de artistas como Zélia Duncan, Mart’nália, Martinho da Vila e João Cavalcanti) participou da gravação do DVD “Aposto”, de Pedro Luís, interpretando a canção “Véu de Filó”. Em 2016 Duda Brack seguiu trabalhando a divulgação de “É”.
Participou dos Festivais RecBeat, no Carnaval de Recife, e La Femme Qui Roule, em BH, lotou a choperia do Sesc Pompeia (SP), no projeto Prata da Casa e do SESC Rio Preto, no interior de SP, tocou na Virada Cultural SP, participou do Festival Dia da Música (RJ) como atração do palco principal, foi destaque na programação do II Inverno das artes (BH) ao lado de artistas como Gilberto Gil e Lineker, realizou um show em Montevideo (Uruguay), participou do Festival Música na Laura (RJ), do Festival Çyn (Olinda – PE) e realizou show de abertura para Alice Caymmi, no Imperator (RJ), e para Alceu Valença, no lançamento do DVD “Vivo! Revivo!”, no Circo Voador (RJ).
Duda também participou da coletânea “Viva Renato Russo”, com releitura de “Boomerang Blues”, considerada pela crítica / imprensa a melhor faixa do álbum, e teve uma canção de sua autoria (“Nem Pensar”) registrada no álbum “Multialma”, de Bruna Caram. Além de rodar seu trabalho solo, a artista integrou o elenco do espetáculo “Iara Ira”, ao lado das cantoras Júlia Vargas e Juliana Linhares, com direção musical de Thiago Amud. Além disso, Duda Brack participou, como convidada especial, do show de artistas como Ana Cañas, Abayomi, ao lado de Criollo, Os Não Recomendados, Júlia Vargas, Chico Chico, Posada e o Clã, Caio Prado.
Desde o lançamento de “É”, Duda Brack tem sido apontada como uma das grandes revelações da música brasileira, e seu trabalho tem sido muito bem recebido pela crítica especializada e pelo público. Dividindo o palco com o mesmo power trio que gravou o disco – Barbosa (na bateria alucinada), Gabriel Ventura (na guitarra furiosa) e Yuri Pimentel (no baixo largo) – Duda faz uma apresentação intensa, que reproduz em cena, com perfeição, a ferocidade impetuosa de “É”.
A linguagem musical híbrida e original, derivada da recombinação entre divergentes estilos, resulta em uma mistura de MPB e Indie Rock, que, embora assuma densidades sonoras e temáticas, resulta num show POP e dançante. Sem diluir a forte impressão deixada por seu retumbante primeiro álbum, o show revela uma artista completamente entregue e exposta em um espetáculo inédito, onde a música é exibida com toda sua força e interpretada de forma visceral.
Após um ano rodando o Brasil ao lado de sua banda, surgiu a necessidade de a artista revisitar o trabalho a partir de outra abordagem. Foi então que Duda e Gabriel Ventura, guitarrista de sua banda, se tornaram um duo e conceberam “NÃO É”. Minimalista e intimista, o show representa o retorno ao ponto de partida do álbum “É”: a canção. “NÃO É” despende mais foco na interpretação do canto, e revela a camada mais primária da relação da cantora com esse trabalho.
Gabriel Ventura
Todavia, a presença (e a enchente!) da musicalidade de Gabriel evoca as sensações, as experiências e as descobertas dos meios percorridos que resultaram em “É”, criando um show que, apesar da formação reduzida, não desmente o conceito e a sonoridade do disco. NÃO É apresenta o repertório do álbum “É”, releituras de Itamar Assumpção, Jimmy Hendrix e Pedro Luís, e ainda, algumas canções inéditas que indicam rumos futuros. Faz-se muito, com muito pouco.
Duda Brack, sua voz e seu violão – às vezes, um que outro instrumento de percussão. Gabriel Ventura e sua guitarra – e às vezes sua voz também – usando e abusando de recursos como loops, efeitos, delays, ruídos para orquestrar e criar camadas sensoriais ao redor de cada canção do show.
FONTE:
wp.radioshiga.com/a-ousadia-seducao-e-voz-marcante-de-duda-brack/
1 Comentário
Adorei o site, meus parabens!