CONCURSO DE REDAÇÃO
49º FESTIVAL NACIONAL DA CANÇÃO
TEMA: MINHA CIDADE SUSTENTÁVEL
ALUNA: ESTER MOREIRA CARDOSO
ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MARIETA CASTRO
SÉRIE: 8° ano
CIDADE: TRÊS PONTAS – MG
O LUGAR PERFEITO
Prazer, meu nome é Davi. Sou de Três Pontas, cidade amada. Terra de fé nas figuras de Padre Victor e Nossa Mãe, da música com os grandes Milton Nascimento e Wagner Tiso e do café, referente ao produto que move nossa economia. Tal estória começa quando despertei, deveria ser oito da manhã, oito e meia no máximo.
Tomei meu pretinho, como de costume. Fiz o dever, como de costume também. Neste momento, minha mãe pediu para que eu fosse brincar na rua: algo que não era de costume (achava perigoso que eu fosse sozinho). Mas não devemos teimar com nossas mães. E fui. Quando saí de casa, percebi que outras crianças já estavam ocupadas: jogando bola, pulando corda, andando de patins, entre outros brinquedos. E mais: havia árvores por toda a extensão, o passeio – uma parte dele – era gramada e florida, quanta beleza! Não vi lixo espalhado pelo chão e nem as lixeiras: parece que todos colocaram antes da coleta, isso sim é consciência coletiva e ambiental! Mas não era só isso: várias pessoas estavam andando de bicicleta em um lugar separado. Parecia uma ruazinha em cima da rua! Achei engraçado. Alguns passeavam com os cachorros. Notei que não havia muitos carros passando, era um ou outro, de vez em quando. Diferente do ônibus que ia e vinha de vinte em vinte minutos, mais ou menos. Lembrei da minha professora explicando a emissão de CO2 e como isso afeta a camada de ozônio. Fiquei bastante feliz com a população. Sem pensar demais e até esquecendo de pedir permissão a minha mãe, entrei em um circular. Acho que a paz do lugar contribuiu para que eu tomasse tal atitude. Queria ver além da minha rua. Não me arrependi: os moradores de rua tinham sumido! Havia novas fábricas e algumas escolas que eu nunca tinha visto. O hospital era grande e acolhedor. O clima era agradável. As praças estavam cheias: crianças, jovens e até idosos (jogando bocha, cartas e xadrez ou dama). As pessoas conversavam e riam, bem-humoradas estavam. E eu ri também, dentro de mim. Eu também estava feliz. A cidade estava feliz.
Cochilei. Acordei com uma voz me chamando. Era minha mãe. “Vamos tomar café e fazer o dever”, ela disse. Confuso, retruquei que já havia feito. “Amor, acho que você sonhou”. Levantei. Tomei café. Fiz dever. “Pronto. Posso brincar na rua?”. “Você sabe que não, aqui passa muitos carros”. “Posso colocar o lixo lá fora, então?”. Ela não entendeu os meus motivos, mas eu não quis explicar. Tinha muito o que fazer: construir o lugar perfeito que tinha sonhado e isso só seria possível começando comigo mesmo.