Seu nome deve-se a uma lenda sobre o suposto encontro no final do século XVIII de uma estátua de São Tomé em uma gruta por João Antão, um escravo fugido de João Francisco Junqueira, juntamente com uma carta de escrita perfeita (impossível a um escravo analfabeto). Outra versão da lenda diz que a carta teria sido entregue na gruta a João Antão por um senhor de vestes brancas. Apresentando a carta ao seu antigo dono, como ordenado pelo senhor de vestes brancas, João Antão teria conseguido sua alforria, pois João Francisco Junqueira teria ficado bastante impressionado pelo relato do escravo e teria mesmo ordenado a construção de uma igreja ao lado da referida gruta, que hoje se encontra no que é o Centro de São Tomé das Letras. Acredita-se que o filho de João Francisco Junqueira, Gabriel Francisco Junqueira, esteja sepultado debaixo do altar da igreja, a atual Igreja Matriz. Já o “das Letras” do topônimo refere-se às inscrições rupestres que ainda podem ser vistas na gruta onde teria sido encontrada a estátua de são Tomé.
Seu ar rústico, típico do interior de Minas Gerais, e sua localização montanhosa e elevada a 1 440 metros acima do nível do mar (permitindo a observação de praticamente toda a região ao redor) fazem com que a cidade seja destino preferido de muitos turistas entusiastas da natureza e de gentes ligadas às artes em geral, tendo sido inclusive cenário para a minissérie Filhos do Sol da extinta Rede Manchete. A cidade também atrai visitantes em busca de supostas aparições de ovnis na cidade.[13]
Existem diversas opções de visita obrigatória, como a Gruta São Tomé, Gruta do Carimbado, Casa da Pirâmide, formações rochosas (a Pedra da Bruxa é a mais famosa), as cachoeiras Eubiose, Véu de Noiva, Paraíso, Lua, Antares entre outras, e corredeiras como Shangri-lá, Sobradinho e inúmeras outras em toda região.
As estradas da região são de terra em boas condições. Há muitas trilhas para bicicletas e encontros periódicos de praticantes de motocross e off road.[14] Entre os caminhos mais interessantes, estão as estradas até Carrancas e Aiuruoca.
Alguns acreditam que São Tomé seja um dos sete pontos energéticos da Terra, o que atrai, para o lugar, místicos, sociedades espiritualistas, científicas e alternativas, o que dá razão a outro nome da cidade: “Cidade Mística”.
Além disso, a cidade tem o centro histórico tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais desde 1996. Embora adulterado, ainda possui grande significado cultural e ecológico. A Igreja Matriz começou a ser construída em 1785 e possui retábulos do período rococó e o forro marcado pela excelência da pintura do artista colonial Joaquim José da Natividade. A Igreja de Pedra, tombada em 1985, também é do século XVIII.
(Informações da Prefeitura da cidade)