Quem chega pela primeira vez em Coqueiral, no coração do Sul de Minas, tem a forte impressão de que, no município, ainda são cultivados alguns costumes que se perderam com o tempo (e talvez com a modernidade!). É aquele hábito de ganhar um bom dia despretensioso, de ser bem atendido no comércio; de presenciar a fé de um povo que não abre mão de receber o próximo com muita parcimônia. É uma terra que nasceu com essa vocação. Foi em 1767 que alguns sertanistas garimpeiros resolveram construir o primeiro acampamento no local. A procura de esmeraldas, não as encontraram. Mas um deles, Matias Borges, resolveu ficar e fundou um povoado: Espirito Santo dos Sertões. A história conta que Matias logo deu um jeito de trazer a esposa e parte de sua família e amigos.
O povoado cresceu. Mudou de nome. Se emancipou. E por causa do grande número de Coqueiros que existiam em tempos passados, a homenagem: Coqueiral. Essa é uma das principais missões da cidade: agregar sempre. De Matias Borges, com sua família e sua visão em fundar o povoado, até os dias de hoje. A primeira edição do Festival Nacional da Canção (Fenac) chegou na cidade em 2017. E o que se viu foram praças e ruas do município cheias de vida e encantamento. Os participantes apresentaram as canções no palco do festival deslumbrados com as infinitas possibilidades que Coqueiral ofereceu: público sulmineiro e de diferentes cidades. 14 Bis, banda tradicional de Minas, trouxe alguns sucessos: “Linda Juventude”, “Planeta Sonho”, “Uma Velha Canção Rock ‘n Roll”. E a certeza que a música é universal.
O sucesso da primeira edição do Festival Nacional da Canção foi tanto que em 2018, ele ganhou uma nova versão.