“Sou uma mulher do samba de raiz. Nunca tinha feito nada desse estilo (da música vencedora). Mas achei bacana essa mistura. O Brasil é esse caldeirão de estilos”, é assim que Thaylis Carneiro define o momento atual após a participação no Fenac.
Carmim nasceu a partir de um curta-metragem homônimo rodado em Cataguases e produzido por um projeto social no município. Quando tomou contato com o roteiro, Thaylis Carneiro não teve dúvidas de que queria fazer a música para a produção. ‘’É sobre uma artista plástica que está no seu ócio criativo. Até que, um dia, ela se depara com uma situação que a inspira e a faz voltar a criar. A ideia da letra é que a gente acha que os outros são responsáveis por tudo o que acontece com a gente. E não é bem assim”, afirma.
Mesclando blues com uma pitada brega, Carmim é um ponto fora da curva na carreira da artista mineira. “Sou uma mulher do samba de raiz. Nunca tinha feito nada desse estilo. Mas achei bacana essa mistura. O Brasil é esse caldeirão de estilos”, pontua. É a segunda vez que a cantora participa do Fenac. No ano passado, ela inscreveu um samba, que chegou a se classificar para a fase eliminatória. Mas Thaylis acabou não podendo se apresentar no dia marcado, devido a outros compromissos profissionais. “Neste ano quase acontece a mesma coisa. Eu também tinha shows na agenda. Mas, quando é para ser, não tem jeito”, diz.
Thaylis destaca a presença de Cataguases em sua formação e brinca que, na cidade em que brotou o talento do cineasta Humberto Mauro, é só balançar uma árvore que cai um artista. “Foi ali que a música me abraçou de vez e meu trabalho foi se desenvolvendo. É um lugar que respira arte em todos os sentidos. Tenho me apresentando não só em Cataguases, mas na região. Também já fui para o Rio algumas vezes. Agora, com esse prêmio, espero que as coisas deslanchem mais.”